segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Mantém-se a caça ao voto

O ponto 31 da ordem de trabalhos da reunião camarária de hoje, segunda-feira 11 de Dezembro, tem mesmo todo o ar de um verdadeiro 31 dos antigos. Trata-se de uma proposta da vereadora que detém o pelouro do turismo e cultura, que mais não é afinal que uma cópia do anterior. Fixa os dias de encerramento dos locais e serviços dependentes daquele sector, a saber:
1 - Cine-Teatro
2 - Posto de turismo
3 - Sinagoga
4 - Museu dos fósforos
5 - Núcleo de arte contemporânea
6 - Complexo cultural da Levada
7 - Casa Vieira Guimarães
8 - Casa Manuel Guimarães
9 - Casa-memória Lopes Graça
Todo este ramalhete sob administração municipal vai encerrar em 1 de Janeiro, 1 de Maio, 25 e 31 de Dezembro. Porquê? "Pelos fundamento apresentados", segundo a frase ritual que figura na convocatória, sem que contudo se indique quais sejam.
E a Biblioteca Municipal? Não encerra nessas datas? Não faz parte da Divisão de Turismo e cultura? Esqueceram-se dela? Fica a dúvida...

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É o que se chama protecção da natureza, praticada pela Câmara de Tomar. Mais prego, menos prego, a velha tília, plantada pelos militares do RI 15, lá vai sobrevivendo. Apesar de tudo...

Houve um tempo em que os funcionários públicos eram servidores do Estado, logo servidores públicos. Dessa época apenas resta, pelo que se constata, o sistema de saúde, que continua  a designar-se "ADSE - Assistência na Doença aos Servidores do Estado". Quanto ao resto, tudo mudou. Agora os funcionários que mandam protegem-se e protegem os seus colegas. É a permanente caça ao voto. Que também inclui empréstimos do autocarro municipal, tolerâncias de ponto, combustível para algumas colectividades, excursões gratuitas, homenagens com atribuição de medalhas e diplomas, festas à borla e transportes urbanos muito abaixo do preço de custo.
Seria interessante saber quais são os alegados "fundamentos apresentados". Porque uma coisa é certa: Andar a propalar que se tem conseguido desenvolver o turismo local, ao mesmo tempo que se mandam encerrar locais em geral muito visitados, nos dias em que há mais visitantes, é uma evidente incoerência. Que não tem qualquer justificação plausível. 1 de Janeiro, 1 de Maio, 25 e 31 de Dezembro, são feriados geralmente celebrados à noite. Assim sendo, porquê e para quê encerrar serviços públicos durante o dia? Apenas para passar a mão pelo pelo aos queridos colegas, tentando que votem bem.
É verdade que em relação a metade dos supra mencionados locais, não se perde grande coisa. Mas em relação à Sinagoga, ao Museu dos fósforos ou ao Posto de turismo, por exemplo, já pensaram um bocadinho na frustração dos visitantes, ao baterem com o nariz nas portas respectivas?
Dirão alguns dos que nos vão procurando pastorear que o Convento também encerra nesses dias. Pois encerra, mas não passa de mais uma rematada asneira para agradar aos funcionários. 
Está mal e implica mudança radical quanto antes. Sob pena de cada vez maiores prejuízos. E olhem que nos últimos quatro anos já se foram quase cinco mil eleitores. É mesmo demasiado! E devia implicar quanto antes apuramento das causas. Devia...

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