quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Para além da conversa fiada

Indo ao osso da questão, a falta de equipamentos turísticos básicos em Tomar nada tem a ver com custos, complexidades ou prejuízos para a paisagem, como é alegado no caso das escadas mecânicas, por exemplo. Resulta apenas da incompetência dos quadros da autarquia e da lamentável auto-suficiência balofa dos eleitos. É verdade que a questão do estacionamento na cidade e do subsequente acesso pedestre rápido ao Convento é complexa e bastante onerosa. Mas há coisas bem mais simples e baratas que a autarquia também ainda não fez, por manifesta incapacidade. A sinalização turística, por exemplo.
Em Tomar, actualmente, só a Mata dos sete montes tem sinalização para pedestres. Não sendo uma maravilha por aí além, também não envergonha. No chamado núcleo histórico não existe qualquer indicação específica para quem ande a pé, excepto as miseráveis chapinhas "Sinagoga", ali na esquina da Rua direita com a Rua nova, que na prática só consegue ver quem já sabe que elas  lá estão. O resto é sinalização para automóveis. Uma vergonha.
Para que se possa comparar, a seguir se publicam fotos com painéis de sinalização na cidade de Toledo. Trata-se de indicações só para pedestres, devidamente diferenciadas por cores. Fundo vermelho ou rosa para monumentos e outras curiosidades turísticas. Fundo verde para ruas e praças. Fundo branco para serviços administrativos, poder local, hotéis e saídas da cidade:









Além disso, há também indicações específicas para cada bairro com interesse turístico:


E indicação de acessibilidades especiais:


Será que tudo isto é assim tão caro ou complexo? É claro que não. Existe em qualquer cidade turística por esse mundo fora.
Em Viena de Áustria, por exemplo, indicando a distância em metros e o eventual transporte a usar:


Na Holanda, com indicação do tempo de cada percurso a pé:



 Ou na Patagónia, com a quilometragem até à capital do país e à extremidade norte do continente:


Instalar uma sinalização turística adequada, só exige funcionários superiores competentes e autarcas com vontade e que percebam bem para que se candidataram. Que não foi de certeza só para dar música ao pessoal. De conversa fiada já estamos todos fartos, pelo menos os que não andamos neste mundo só por ver andar os outros. 




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